Além de construir a estrutura
dos nervos e, assim, o próprio cérebro, os ácidos graxos executam outra missão
fundamental – a de mensageiros. Os mensageiros são os sinalizadores das
atividades do corpo. Eles informam às células imunes quando despertar, ou
quando se manter em repouso. Informam aos vasos sanguíneos se devem se
estreitar ou alargar. Sinalizam às plaquetas se devem permanecer juntas ou
separadas, afetando a coagulação do sangue. Os mensageiros também controlam as
inflamações.
Todos os mensageiros são
feitos de ácidos graxos, ômega-6 e ômega-3.
Os ácidos graxos, que formam a
estrutura da membrana das células, se transformam em mensageiros quando recebem
convocação para agir. Essa convocação pode-se dar sob a forma de um
traumatismo, de um vírus, de uma bactéria, de um radical livre, de uma
substância química tóxica, de um metal pesado, ou qualquer outro.
O sistema de mensageiros
controla notável conjunto de funções no interior do organismo e do cérebro. Sua
capacidade de executar essa atribuição depende, geralmente, do adequado
equilíbrio dos ácidos graxos. Se uma das famílias de ácidos graxos estiver em
quantidades maiores do que as outras, todas as atividades do organismo
relativas aos ácidos graxos serão comandadas pelo tipo predominante,
acentuando-se ainda mais o desequilíbrio O cenário mais comum de desequilíbrio
está relacionado com o ácido araquidônico e com o trajeto da PGE2.
- PGE1: origina-se do ácido
linoléico da dieta, encontrado, predominantemente, no óleo de milho, de
girassol, gergelim e açafrão
- PGE2: forma-se a partir do
ácido graxo – ácido araquidônico, mais presente nas plantas e carnes de animais
(níveis elevados de PGE2 foram encontrados em certas enfermidades que afetam
humor, comportamento e funções do sistema nervoso.
- PGE3: encontrado no salmão,
cavala, arenque, sardinhas e outros peixes.
FONTES DE ÁCIDOS GRAXOS E
SEUS MENSAGEIROS:
Girassol, açafrão, gergelim,
milho, prímula, borragem e óleo de semente de groselha preta, linho, canola,
moranga, chia, noz, vegetais de folhas verdes escuras, algas, salmão, sardinhas
e outros peixes, linhaça.
Ácido graxo Araquidônico: carne
animal, leite, ovos, lula, peixes de águas quentes. (A família PGE2 é
considerada mau elemento, por causa do poderoso potencial inflamatório que
possui, entretanto, precisamos dessa família para muitas funções vitais, o
problema surge quando o sistema está desequilibrado ou há demasiada atividade
da família)
EXEMPLO: Se consumirmos dieta
alta em ácido araquidônico, este se torna predominante nas membranas celulares.
Quando alguma coisa acontece no organismo, capaz de desencadear uma inflamação,
ganha maior potência.
Exemplo de Megan:
Megan era uma mulher brilhante,
que tinha estado próximo do primeiro lugar de sua classe, tanto no colegial
como na Universidade. Era emocionalmente saudável. No entanto, durante o
período pré-menstrual, seu humor alterou-se dramaticamente. Passou a ter crises
de choro, a sentir-se desesperançada, a sofrer de acessos de ira e se tornou
deprimida. Como principal funcionária de pequena organização comercial, ocupava
posição de chefia e coordenava trabalhos de outros funcionários. A incapacidade
de conduzir normalmente seus afazeres durante esse tempo levou-a ao desespero,
tornando sua vida penosa ao extremo.
Megan começou a tomar diariamente
6 cápsulas de óleo de prímula. Esse óleo é fonte do ácido graxo AGL. O AGL não
é encontrado no cérebro, entretanto, tem sido usado na Medicina para equilibrar
os mensageiros inflamatórios e não-inflamatórios que influenciam o cérebro.
Megan obteve melhora, principalmente de humor.
SINAIS DE DESEQUILÍBRIO DE ÁCIDOS
GRAXOS:
Pele ressecada, caspas, freqüente
necessidade de urinar, irritabilidade, falta de atenção, unhas moles, pele de
jacaré, alergias, queda de imunidade, fraqueza, fadiga, cabelo seco e não
penteável, sede excessiva, unhas quebradiças e facilmente rasgáveis, hiperatividade
ou inquietude, pele de galinha nas costas dos braços, olhos secos, problemas de
aprendizagem, demorada cura de feridas, infecções freqüentes, manchas pálidas
nas faces, pele rachada nos calcanhares ou nas pontas dos dedos da mão.
Fonte:
Gorduras Inteligentes, Michael A. Schmidt
Nenhum comentário:
Postar um comentário